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"Este blog nasceu como requisito da matéria de Seminário de Integração I, ministrada pelo professor Felipe Aço. O objetivo do blog é o de levar à público nossas experiências e elaborações em sala de aula, tornando assim, possível a interação e integração dos grupos, aflorando ideias e pontos de vista que muitas vezes não se manifestam em sala de aula".
Somos estudantes do 5º semestre do curso de Psicologia, com faixas etárias distintas. Acreditamos que os nossos caminhos não se cruzaram por acaso. Aprendemos muito uma com a outra e o convívio diário nos leva a uma leitura da realidade, a qual compartilhamos e nos induz a sairmos da zona de conforto, de forma desafiadora, e é nesse momento que também surgem divergências para as quais tentamos encontrar um equilíbrio e colocar em prática a constante aprendizagem integrando de certa forma as nossas vidas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

TEXTO: A Psicologia Newtoniana Aula do dia 18.03.2011

A Psicologia Newtoniana          

Em sua obra “Ponto de Mutação”, Capra descreve a aplicação do modelo cartesiano-newtoniano em algumas áreas, entre elas a medicina, economia e psicologia. Mas até que ponto o modelo newtoniano é uma boa abordagem que sirva de base para as várias ciências, e onde estão os limites da visão de mundo cartesiana nesses aspectos?

A concepção mecanicista da vida:

Na busca por uma nova visão da realidade, Capra explora os campos da física moderna e sua influência sobre o pensamento científico ocidental. Assim chegou a conclusão de que a ciência precisava de novas teorias para chegar mais perto da realidade. Ele ressalta a necessidade de nos preocuparmos mais com a divisão de mundo mecanicista, e as limitações de cada ciência neste contexto.
Em biologia a concepção cartesiana mecanicista dos organismos vivos são comparados com máquinas que são vistas e estudadas com fragmentos, com o objetivo de entender o todo. Vale ressaltar que o reducionismo foi bem sucedido na Biologia, seu ápice foram a descoberta da natureza química dos genes, seus conceitos de hereditariedade e revelações do código genético, porém com algumas limitações.
Quando encontravam fenômenos que não podiam ser explicados em termos reducionistas, os biólogos os consideravam como indignos de investigações. Logo após desenvolveram métodos curiosos para lidar com organismos vivos.
Embora tenha algumas limitações a maioria dos biólogos não se preocupou, pois o modelo cartesiano produziu vários progressos. Porém, Capra encontrou falha na abordagem cartesiana, talvez pela fragmentação do sistema. Ele cita como exemplo o cérebro que tem muitos mistérios a serem desvendados, principalmente em relação aos neurônios que não são entendidos pelos biólogos.
Em sua análise, o autor aposta na medicina para a solução dessas limitações. Pois a medicina adotou a abordagem reducionista da biologia moderna, usando o modelo cartesiano. Mesmo com reconhecimento por médicos, alguns problemas do nosso sistema médico vêm do modelo reducionista do organismo humano. Dessa forma, já estão sendo pressionados a desenvolverem um enfoque mais amplo e holístico da saúde. Transcender o modelo cartesiano será uma grande revolução na ciência médica.

Análise Crítica:

O autor do livro ponto de mutação é um fantástico pensador. Suas idéias a respeito das áreas abordadas por ele, levando em consideração a época em que ele viveu são bem aceitas e avançadas, porém, algumas informações citadas no livro não são mais a realidade de hoje. Na área da medicina Capra diz que os neurônios não são entendidos pelos médicos, e felizmente hoje com os muitos avanços, os médicos sabem qual parte do cérebro comanda cada uma das nossas ações, sem falar em outras descobertas como a descoberta de células-tronco, a terapia gênica, tomografia
computadorizada, entre outras, mas é claro que a questão dos altos custos e dos malefícios da tecnologia descritos por Capra ainda nos atingem. A biologia como sempre, continua caminhando com a medicina, o biólogo celular Bruce Lipton explicou que para um individuo normal, temos uma proporção de 200 mil neurônios conscientes e quatro milhões de neurônios inconscientes. Ele afirma também, que não são os genes que determinam nosso comportamento, mas sim o meio que nos rodeia e a forma como respondemos a esse meio. Outra importante descoberta da biologia foi a de novas proteínas. Já no meio ambiente algumas medidas vem sendo tomadas, apesar de serem poucas em relação à necessidade de nosso planeta.

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